terça-feira, 20 de julho de 2010

A liga!

Hoje assisti o programa "A Liga", exibido pela Bandeirantes e o tema abordado foi transporte urbano no Rio e São Paulo. De fato as condições de transporte público nas grandes capitais são péssimas mas isso todos sabem... O que me impressionou de verdade foi uma senhora, que não recordo o nome, que acorda as 4 da manhã pra chegar as 7 no trampo. Ela vive todos os dias uma verdadeira guerra juntamente com tantos outras guerreiros, com direito o ônibus e trens tão cheios que acho que lutar com leões seria menos desgastante. No fim de tudo o Rafinha Bastos, repórter da matéria, exalta com certa perplexidade o sorriso dela.
Isso me fez pensar sobre meu dia-a-dia, com reclamações e tormentos que estão longe de serem vividos pela companheira de luta, que poderia ser uma aluna minha em uma aula de química mas que sem dúvida seria minha professora na aula de "felicidade"...
É, observando estas pessoas posso ver que na maior parte das vezes nos preocupamos em criar momentos alegres, que estão totalmente condicionados aos nossos desejos e dependências emocionais, diferente delas, que buscam a felicidade, que não é volátil e está sempre no sorriso e olhar, mesmo que o rosto seja carregado por um corpo cansado e abatido, mas o sorriso é sempre firme e real. Felicidade e alegria... Agora sei que são realidades distintas!
Pois é, vou começar a olhar mais para o próximo, conviver mais e tenho certeza que vou descobrir o verdadeiro motivo das relações humanas! Aquele otimismo realmente me tocou!!!

domingo, 11 de julho de 2010

O médico da casa.

Todo lar tem um médico das emoções! Aquele que se destaca pela capacidade de manter a calma, de apaziguar conflitos, de educar...
Ele é identificado por todos os membros da casa e é ele o refúgio nos piores momentos da intimidade psíquica. É literalmente o farol num oceano longínquo e escuro...
Ser esta entidade educadora significa ter responsabilidade, é ter que “segurar a onda” quando se tem vontade de gritar junto com todo mundo e isso é realmente muito difícil. É saber manter-se pacífico sem passividade, é saber pronunciar o texto certo, no momento certo e com o tom certo e também calar e só ouvir quando preciso...
E quando o médico se perde no ego... Ah, que conflito! O arrependimento vem a jato pois ele sabe, intimamente, que não pode se embolar na tarefa que sua maturidade emocional o compeliu a executar.
Imagine se você vai ao médico com uma forte dor no abdômen e ao relatar o problema o Dr. levanta e fala: O que! Eu tô cheio de problemas também... briguei com a esposa, meu filho reprovou na escola cara, queimei a língua com café... e você vem me falar de dor de barriga?! Faça-me o favor!!!... Nossa, isso seria no mínimo estranho né?! Pois é exatamente assim que o médico da casa age quando não se reconhece e se coloca de costas para a sublime tarefa regenerativa e se vê no direito de espernear junto com as “criança” da vez!
E ai, se identificou com a função? Então reflita e mãos a obra... acalmando os outros se mantendo calmo, educando sendo educado, amando vivendo o auto amor!!!
medicina 2